Dança, música e a exploração dos nossos sentidos sempre estiveram muito presentes em minha trajetória pessoal e profissional. Em minha cidade natal, Mafra, no interior de Santa Catarina, participava desde a adolescência de grupos de arte e dança. Mas foi em 1995 que comecei a trabalhar na área, como monitora do Programa de Extensão Universitária em Dança de Salão da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em 1996, me formei em Educação Física pela UFPR e, pela mesma instituição, fiz a pós-graduação em Pedagogia do Esporte, em 1997. A necessidade de entender melhor o meu corpo e seus possíveis caminhos me levou a uma segunda pós em 1999, desta vez em Consciência Corporal-Dança pela Faculdade de Artes do Paraná. Já meu conhecimento específico sobre dança de salão, pude aperfeiçoar na pós em Dança de Salão – Teoria e Técnica pela FAMEC, em 2006.
Em meio a tudo isso, fui vivenciando meus trabalhos como DJ de danças a dois e, em 2007, lancei um livro, inspirado em minha monografia para a pós da FAMEC: “Música para Dança de Salão”. E como a necessidade pelo saber é um vício delicioso, me formei em discotecagem pela AIMEC, em 2009, para complementar esta conexão ímpar entre dança e música.
Esta caminhada de estudos na área, somada as minhas experiências com o método Montessoriano, quando lecionei dança para os alunos do Colégio Sion, professora em sala de aula, dançarina e coreógrafa em espetáculos de dança, e como mulher desfrutando dos prazeres da dança a dois, foi me apresentando, ao longo dos anos, inúmeras possibilidades de relação e comunicação humanas. Isto me conduziu a desenvolver vários trabalhos na área e a criar a aula “Sentidos”, onde as pessoas são instigadas a conhecer-se e entender-se corporalmente promovendo uma troca de informação através dos sentidos. Nas aulas, os parceiros são levados a um entendimento do tempo e da necessidade de cada um, sempre promovendo o respeito mútuo.
Atualmente, sou proprietária e professora da escola IDance, em Curitiba, fundada em 2013, em parceria com Guilherme Rolim e Renato Zóia.
Difícil resumir 20 anos intensos de vida profissional em uns poucos parágrafos, mas acho que já deu pra me conhecer um pouquinho. Em resumo, acredito que juntas, dança e música, são capazes de despertar e aguçar sentidos, sentimentos e sensações que, quando compartilhadas com o outro, intensificam a experiência do dançar a dois.